O policial militar Wilson Esperança JR, que conseguiu salvar oito crianças num incêndio em um orfanato, de Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba (RMC), no mês de julho de 2010, foi preso na manhã de hoje acusado de ter envolvimento com uma quadrilha especializada em arrombar caixas eletrônicos em toda a região metropolitana.
A polícia chegou até o soldado Esperança depois de um minucioso trabalho de monitoramento telefônico e inteligência, numa parceria entre a Delegacia de Campo Largo e a Polícia Militar. O policial é acusado de ter dado cobertura para o bando, conhecido como 'gangue do maçarico', em uma das ações ocorridas em julho do ano passado, numa agência do Banco do Brasil, também em Tamandaré. Além disso, o soldado, segundo a polícia, teria desviado um rádio de comunicação da corporação e entregue aos marginais. Além do PM, os agentes da delegacia prenderam Cleide de Moura Lourenço (38). "O policial deu cobertura para a quadrilha nesse roubo, forneceu o HT e mantinha vários contatos com a Cleide", disse à Banda B a delegada Gisele Mara Durigan, que efetuou as prisões.
Segundo informações da delegada, Cleide (Foto menor) era responsável pela logística da quadrilha, fornecendo os maçaricos e furadeiras eletrônicas especiais. “Nós realizamos várias buscas e encontramos os equipamentos com familiares da mulher. Foi um trabalho demorado e minucioso”, comentou a delegada, que foi designada especialmente para cuidar do caso, tendo em vista que estava lotada na delegacia de Tamandaré na ocasião do roubo. Ainda segundo a delegada, no dia do incidente, a mulher passou um trote para a polícia, com o objetivo de desvirtuar os agentes.
Outros integrantes da gangue já haviam sido presos e confessaram participação nos diversos roubos. O bando recebeu o título de “gangue do maçarico” depois de realizar ao menos cinco roubos na região metropolitana, agindo sempre da mesma forma. Depois de arrombarem os caixas, alguns membros da quadrilha ligavam para a polícia e repassavam informações falsas. Outros integrantes do bando ficavam responsáveis por espalhar pregos pelas ruas que cercavam os locais dos roubos, para que as viaturas tivessem os pneus furados.
Ainda de acordo com a delegada, os dois acusados foram presos por meio de um mandado de prisão expedido pela juíza titular de Almirante Tamandaré. “A prisão é temporária, de no máximo cinco dias, porém, podemos pedir a prorrogação deste prazo sem problemas”, finalizou Gisele, em entrevista à rádio Banda B.
Fonte:Banda B AM 550