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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Exoneração abre crise na Guarda Municipal

Exoneração abre crise na Guarda Municipal
SEGURANÇA
A inesperada e até então não explicada exoneração oficial do comandante Cláudio Simões Gadelha e do subcomandante Leonardo Ângelo Machado, ambos da Guarda Municipal de Mangaratiba, colocou o centro da cidade em polvorosa na tarde dessa quarta-feira (4). Depois do anúncio da decisão, 40 agentes da corporação decidiram redigir cartas de demissão, provocando uma crise sem precedentes na cidade.
A notícia da exoneração chegou até as mãos do chefe de gabinete Ronaldo Lara através de uma comunicação interna. Durante toda a tarde de ontem guardas municipais se reuniram na sala do comandante para assinarem cartas de renúncia que serão entregues ao secretário Otávio Seiller após a assinatura da exoneração.
Ainda sem conhecimento do que teria motivado sua exoneração, o comandante Gadelha, que está há nove meses no cargo, elencou o que considera conquistas de sua gestão, como, por exemplo, os grupamentos de ronda escolar, tática operacional, proteção ambiental e cursos de capacitação. “Todas essas conquistas em tão pouco tempo foram sem ônus para a prefeitura. Desde os uniformes até os cursos, tudo foi pago pelos guardas e pela Associação da Guarda de Mangaratiba, pois sabíamos da crise financeira que a prefeitura vem passando”, explicou Gadelha.
Funcionária da prefeitura seria pivô do exoneração
Uma confusão na madrugada do dia 31, em Itacuruçá, envolvendo uma funcionária da prefeitura e um guarda municipal que estava de serviço pode ter desencadeado a repentina exoneração do atual comando. Segundo Gadelha, a funcionária se envolveu numa briga que mobilizou a atenção da GM. Ao tentar intervir, um agente teria sido agredido pela mulher a ponto de rasgar seu uniforme. Com isso, ele lhe deu voz de prisão, alegando desacato à autoridade, briga em local público e destruição de uniforme. “Ao chegar à delegacia a mulher se apresentou como funcionária da prefeitura. Logo em seguida, o titular da secretaria a que ela é vinculada interveio e pressionou, sem sucesso, que o guarda retirasse a acusação”, disse Gadelha.
De acordo com o comandante exonerado, o secretário teria dito ainda que providências administrativas seriam tomadas. Segundo ele, na manhã de segunda-feira chegou um pedido para que o agente fosse afastado. “Todos nós fomos contra esse afastamento, achamos injusto, pois o guarda estava cumprindo as obrigações trabalhistas dele. Pelo fato da ordem do secretário não ter sido cumprida, achamos que isso pode ter sido a razão de nossa exoneração hoje”, acusou Gadelha, que não escondeu a revolta com o episódio. “Nossa esperança era que, em janeiro, quando o prefeito Capixaba fosse trabalhar com o novo orçamento, a Guarda Municipal fosse mudar para melhor e não que tivéssemos um baque desses logo nos primeiros dias do ano”, revoltou-se.
Secretário diz que é apenas remanejamento
Após ouvir o comandante e o subcomandante da Guarda Municipal, o ATUAL procurou o secretário de Segurança, Otávio Seiller, para saber qual a sua versão sobre a exoneração. Segundo Seiller, a exoneração obedece a ordens do prefeito Evandro Capixaba, que no começo do ano quer dar oportunidade a outras pessoas. “O comando era formado por pessoas bastante capazes, íntegras e coerentes, mas o prefeito está fazendo um remanejamento. No início do ano tem que haver essa movimentação na prefeitura”, justificou Seiller.
Sobre a renúncia em massa dos guardas municipais, o secretário foi categórico. “É direito deles! Vivemos num país democrático e de direito. Isso não vai intervir no trabalho da Guarda Municipal. Nosso trabalho de proteger a cidade continua independentemente do comando que estiver a frente. Esses que irão pedir demissão, naturalmente são pessoas que têm o cargo comissionado ou que tenham sido indicados pelo comando. Isso é rotina: sai um comando sai todo mundo que era ligado a ele”.
Sobre os eventos que irão acontecer na cidade, o secretário disse que a GM está preparada mesmo se alguns agentes saírem. “Temos novas pessoas para substituir imediatamente os que renunciarem ao cargo.  Isso se chama movimentação do servidor. Segundo o prefeito, esse remanejamento não vai ficar só na Guarda Municipal”, finalizou Otávio Seiller.
Fonte: JORNAL ATUAL
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